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   É uma peça feita por homens e que fala de homens, de desejos de homens. Não é uma dramaturgia homossexual (designação que é discutível para muitos), mas, antes, uma dramaturgia sobre a dissolução da heteronormatividade no mundo contemporâneo.

  Uma investigação sobre o interior dos discursos homoeróticos, que quebra com a unidade de um sujeito "homossexual" ou "gay" unificado, coerente, auto-centrado. As representações presentes nesta peça apontam, pelo contrário, para uma multiplicidade de formas de se vivenciar o erotismo entre homens ou qualquer outra categoria possível. Ou seja, o desejo homoerótico articula identidades múltiplas. Ele parte de pontos diversos e se manifesta numa variedade de práticas, inclusive transgredindo divisões importantes, como aquela entre homo e heterossexuais.
  Nossa peça reconhece o caráter fluido das posições de identidade sexual e busca refazer um percurso possível no espaço vazio da cidade moderna compreendida como espaço e veículo de valores simbólicos compartilhados por um grupo.
  Tema moderno + leitura moderna=encenação moderna, livre de cenário descritivo. Três atores, o vazio metafórico de Brook e uma linguagem de marcação arrojada garantem a poesia em cena.

 Três atores, um carro. Chico Buarque e As vitrines de onde assistimos a tudo, todas as distrações, prazeres e novidades. A cidade é o berço natural do flâneur - um passeador sem rumo, que se deixa guiar apenas pelos caprichos ou pela curiosidade, até perder-se na multidão.

Autor:  Egídio La Pasta
Direção / Iluminação / Trilha Sonora:

Djalma Thürler
Elenco:  Alexandre Vollu, Duda Woyda e Gilberto Machado JR
Figurino:  O Grupo

Roteiro de apresentações
Rio de Janeiro – RJ
Niterói – RJ

Curitiba – PR

Duda Woyda

      eu sempre tive a

    ilusão que um dia

  você ia me abraçar

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