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O diário de Genet

Ernesto Vasconcelos

Texto e Direção:  Djalma Thürler

Atores:  Duda Woyda e Rafael Medrado

Direção de Arte:  José Dias

Iluminação:  Pedro Dultra Benevides

Direção Musical e Trilha Sonora:  Roberta Dantas

Operação / Montagem de Luz/Som:  Marcus Lobo

​Design Visual:  Clarissa Ribeiro

Roteiro de Apresentações

Paraná – PR – Estreia do Projeto

São Paulo – SP​

Salvador – BA

Santa Maria – RS​

Guaramiranga e Fortaleza - CE

Rio de Janeiro - RJ

Lauro de Freitas - BA

Blumenau - SC

Aracaju - SE

Maceió - AL

Refice - PE

Campina Grande - PB

João Pessoa - PB

Natal - RN

Teresina e Parnaíba - PI

Mar Del Plata e Bahía Blanca - ARG

Iquique - CHI

        Aplaudida​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​ por cerca de 2.000 pessoas no Festival de Teatro de Curitiba - Mostra Oficial / 2013, "O diário de Genet" estreia na Sala do Coro do TCA. Depois de “O melhor do homem” (2010-2013) e “Salmo 91” (2011-2013), a ATeliê VoadOR Companhia de Teatro produz seu terceiro espetáculo do conjunto de peças que batizou de “Trilogia sobre o Cárcere”. Com texto e direção de Djalma Thürler é um mergulho no pensamento político do escritor francês Jean Genet e um avanço na compreeensão da ideia de cárcere. Ao aproximar sua encenação dos Estudos Culturais, o espetáculo trouxe para as vozes de Genet (“O diário de um ladrão”, “Nossa Senhora das Flores”, “As criadas”, “Os negros”, “Um cativo apaixonado”) outras importantes, das Ciências Políticas, criando um texto potente como política pós- identitária.

​          Desse modo, “O diário de Genet”, a mais política das três peças da Trilogia, caminha para o que Thürler passa a chamar de “encenações anfíbias”, expressão que toma emprestada do pensador Silviano Santiago. H​​​​​​​​​á avanços também na linguagem da peça, Thürler mergulha sobre teorias e práticas de um teatro performativo e contemporâneo. Em “O diário de Genet” não há um trabalho de composição de personagens, não há representação de personagens, mas apresentação; como também não há um texto linear com características caras à dramaturgia ocidental com início, meio e fim. Essa concepção também interferiu na iluminação e na cenografia que, caminham juntas, para o grande desafio da Ateliê Voador, que é o de oferecer o trabalho de ator para o público, de entregar o ator.

          É o que se pode esperar de “O diário de Genet”, que traz os atores Duda Woyda e Rafael Medrado num dueto que positiva o sujeito e as práticas abjetas, desloca o centro como o lugar privilegiado e desejado e destaca a marginalidade como estratégia identitária e política.

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