Um casal acaba de se conhecer. Junto com o envolvimento, um jorro de palavras conduz à tentativa de busca do sentido para a vida destas duas pessoas sem parâmetros políticos, sociais ou sexuais. Coisas de casal é o mínimo que entra em cena na comédia dramática "O Lustre".
  A montagem estreou na Mostra Fringe do Festival de Curitiba, em 2002, arrebatando a crítica local e colhendo grande repercussão de Norte a Sul do país, inclusive com a participação em 2003 no Palco Giratório, projeto nacional do SESC que promove o intercâmbio de espetáculos por todo o Brasil. Neste mesmo ano, cumpriu uma temporada de sucesso de dois meses no Centro Cultural Justiça Federal, Rio de Janeiro.
  Composta por anedotas absurdas e mutação contínua de cenas, "O Lustre" mostra os personagens Homem e Mulher, assim mesmo, sem nomes, discutindo questões presentes no dia-a-dia do ser humano. No palco, os atores tomam partido do teatro físico, quase que num triatlo cênico tamanho o deslocamento a que se submetem, onde o movimento é todo partiturado para a intensa dramaturgia de Antônio Hildebrando. Os atores têm como elemento cênico 8 banquinhos de madeira. E só! As imagens que surgem deste embate ora levam ao lirismo, ora ao drama e muitas vezes ao riso diante do patético encontro deste que poderia ser o encontro de qualquer casal contemporâneo.