É um espetáculo de variedades com dose de política identitária. Baseado no livro de João do Rio, "A alma encantadora das ruas" e nos musicais políticos da época da Ditadura, como "Opinião" e "Brasileiro: Profissão Esperança", o autor faz um passeio por textos e músicas que fazem da Rua um espaço privilegiado e ambíguo, de vida e morte, de encontros e abandonos. É uma crônica musical sobre a subalternidade que consagra a Rua como o espaço da diversidade. O Projeto foi contemplado com o Edital FUNARTE Teatro de Rua de 2011.
Izabella Valverde
A alma encantadora
do beco
Thürler reafirma com o espetáculo seu trânsito entre a pesquisa acadêmica e a cena teatral, afinal, já tinha falado sobre o Beco em artigo publicado, em especial, sobre a revolução em sua cadeia cultural com os shows de Valerie O’Harah. “Valerie mudou o cenário da Barra, que nas noites de quintas não é mais a mesma. Seus shows forçaram o comércio a acompanhar a sua dinâmica, os taxistas, os michês, os bares todos, a massagista pilantra, todos saem ganhando, mas ganha mesmo o público, porque a rua tem algo de democrático que o espaço fechado não tem. Qualquer pessoa pode ver, assistir e aplaudir”, diz o diretor.
Texto e Direção: Djalma Thürler
Direção de Arte: José Dias
Trilha Sonora / Direção Musical: Roberta Dantas
Elenco: Duda Woyda e Valerie O'Harah
Figurinos: Valerie O'Horah
Design Visual: Clarissa Ribeiro
Imagens: Grupo de Pesquisa ECOARTE (UFBA)
Roteiro de apresentações
Salvador – BA